Minha jornada longe da tinta
Olá, minha leitora sou AdaDeAzevedo e hoje quero conversar com você sobre algo que mudou minha relação comigo mesma: parar de pintar o cabelo e abraçar a beleza natural dos meus fios. Talvez você esteja pensando: “Mas e as grisalhas?”, “Será que consigo lidar com a raiz crescendo?”, “E meu estilo, vai ficar sem graça?”. Eu também tive essas dúvidas, passei pela transição capilar e hoje vejo que deixar o cabelo natural foi um dos maiores atos de amor‑próprio que já fiz.
Quando decidi parar de pintar meus fios, eu estava cansada daquele ciclo interminável de salão: retoque de raiz a cada 4–6 semanas, aquela pontada de culpa por danificar a fibra capilar e a sensação de que, sem tinta, eu perderia identidade. Por anos, escondi minha cor original atrás de nuances loiras, castanhas ou cobre — qualquer coisa que me afastasse da minha raiz natural.
O peso das tinturas
Lembro-me de acordar cedo, ir ao salão, gastar tempo e dinheiro, e ainda sair com o cabelo ressecado. A cada nova aplicação de tinta, sentia que minhas pontas ficavam mais quebradiças e sem vida. Mesmo com cuidados em casa — máscaras, óleos, leave‑in — aquilo não resolvia tudo. Comecei a questionar: “Será que minha beleza depende de uma química?”.
Redescobrindo minha cor natural
Foi depois de uma viagem longa, sem acesso a salão, que percebi minha raiz crescer e mostrar um tom castanho‑acinzentado surpreendente. Por um instante, me senti vulnerável, mas também curiosa. Quando voltei para casa, resolvi deixar crescer até o comprimento original e cortar tudo o que tivesse química — o famoso “big chop”. Foi libertador olhar para o espelho e ver, pela primeira vez em anos, meu cabelo como ele nasceu.
Benefícios de abraçar seus fios naturais
Saúde e força dos fios
Sem tinta, minhas cutículas se fecharam, dando menos porosidade e menos perda de água transepidérmica. Meu cabelo passou a responder melhor às hidratações e reconstruções, com menos quebra e frizz controlado. A International Journal of Trichology relata que cabelos não coloridos mantêm melhor integridade estrutural e menos danos .
Autoestima e autenticidade
Cada elogio que recebo hoje — “seu cabelo está tão saudável!”, “essa cor ficou linda!” — é genuíno. Sem me preocupar com retoques, criei mais conexão comigo mesma. Aceitar minhas nuances naturais me fez sentir única e verdadeira, sem a máscara química cobrindo minhas imperfeições.
Economia de tempo e dinheiro
Adeus, gastos no salão a cada mês! Investi esse dinheiro em tratamentos caseiros e em bons produtos de cuidado. Além disso, economizo horas de vida que antes passava no trânsito até o salão e na cadeira de tintura.
Dicas práticas para a transição capilar
1️⃣ Planeje seu processo
Big Chop: corte toda a parte tingida de uma vez. Ideal se você quer resultado rápido.
Corte gradual: a cada mês, remova 2–3 cm até eliminar a química.
Retoque de cor suave: use tonalizantes sem amônia para uniformizar tons até a raiz crescer.
Eu optei pelo big chop porque precisava de um ponto de virada forte. Mas conheço amigas que preferiram o corte gradual e, para elas, funcionou perfeitamente.
2️⃣ Use produtos específicos
Procure linhas sem sulfato, sem parabenos e sem petrolatos.
Shampoo e condicionador para transição: ajudam a limpar suavemente e manter o couro cabeludo saudável.
Máscaras de nutrição com ceramidas e óleo de abacate.
Reconstrutores com queratina ou peptídeos para fortalecer a fibra.
Exemplo prático
Eu intercalo uma máscara nutritiva (com manteiga de karité) uma vez por semana e uma máscara reconstrutora (com queratina) a cada 15 dias. Isso equilibra hidratação e força.
3️⃣ Cortes estratégicos
Camadas: realçam a textura natural e dão movimento.
Franja longa: disfarça a raiz quando ainda estiver em transição.
Pixie cut: para as mais ousadas, é um corte icônico que dispensa manutenção de cor.
Quando fiz meu primeiro corte pós-tinta, pedi camadas suaves. Foi incrível ver meus cachos e ondas se comportarem de forma harmoniosa.
4️⃣ Rotina de cuidados diários
Low poo (lave o cabelo com pouco shampoo) reduz o ressecamento.
Leave‑in leve com proteção térmica e UV.
Óleo de argan ou jojoba nas pontas, para selar cutículas.
Eu guardo um spray de água termal na bolsa para dar vida aos fios nos dias de muito calor ou na academia.
5️⃣ Estilizando o cabelo natural
Cachos definidos: aplique um creme de pentear em mecha por mecha e amasse para formar caracóis.
Ondas suaves: use babyliss em mechas largas e depois esfregue algumas gotas de óleo para desfazer o aspecto “chapado”.
Coque bagunçado: meu “salva‑vidas” para dias de pressa: prendo no topo, solto algumas mechinhas e pronto, visual cool e despretensioso.
Estilos que valorizam o natural
Cachos definidos
Para quem tem cabelo cacheado, meu truque é fitagem: separo as mechas, aplico creme e deixo secar naturalmente ou com difusor. O resultado são cachos elásticos e sem frizz.
Ondas suaves
Quem tem cabelo ondulado pode investir em spray texturizador e amassar mechas depois de secas. Fica aquele efeito “beach waves” lindo.
Coque bagunçado e tranças
Para todos os tipos de fio, o coque alto bagunçado ou as tranças laterais são estilos versáteis que valorizam a cor natural e mantêm os fios protegidos do vento e do sol.
Cuidados contínuos e manutenção
Hidratação profunda
Umectação noturna com óleo de coco ou rícino: aplico no comprimento, deixo agir por uma noite e lavo pela manhã.
Máscara de reconstrução: uma vez por quinzena, para manter a fibra capilar forte.
Proteção contra agressões
Filtro UV capilar: produtos com proteção solar evitam o desbotamento natural.
Touca de piscina: quando for nadar, uso touca para evitar contato com cloro.
Alimentação e hábitos saudáveis
Inclua proteínas (ovos, peixe), vitamina A (cenoura, abóbora) e ômega‑3 (linhaça, salmão).
Beba pelo menos 2 L de água por dia para hidratar de dentro para fora.
Manual de emergências
Fio ressecado demais? Faça um “shot” de queratina caseiro: misture queratina líquida ao creme de tratamento.
Pontas duplas: aparo leve na ponta a cada 2 meses para manter o corte saudável.
Tendências e inspirações
Hoje vejo marcas e influenciadoras celebrando o “cabelo real”: no Instagram, #TransitionHair tem milhares de fotos mostrando mechas naturais crescentes com orgulho. Internamente, tem um post incrível sobre Roupas Vermelhas Femininas e Estilo Autêntico que você vai amar. Externamente, o site da American Academy of Dermatology traz ótimas dicas sobre cuidados pós‑coloração e benefícios de fios não tratados .
Por que vale a pena embarcar na transição?
Eu sei que pode parecer um desafio enorme: lidar com duas “cores” de fios, texturas diferentes e aquela insegurança ao olhar no espelho. Mas os benefícios são incríveis:
Saúde dos fios: sem amônia, sem ressecamento extremo e menos quebra.
Autenticidade: descobrir o tom e o padrão de cachos ou ondas que só você tem.
Economia: adeus gastos mensais no salão; invista em cuidados caseiros.
Autoestima: ver seu cabelo crescer forte e bonito traz uma sensação de vitória.
Passo a passo da minha transição capilar
1️⃣ A decisão consciente
Tudo começa quando eu decidi não retocar mais a raiz. Escolhi uma data de corte e defini meu método: no meu caso, o big chop (corte total). Mas você pode optar pelo corte gradual, removendo de 2–3 cm por mês até eliminar toda a química.
2️⃣ Preparando o terreno
Antes de cortar, montei um kit essencial:
Shampoo e condicionador sem sulfato e sem parabenos.
Máscaras de nutrição e reconstrução, que intercalo a cada 15 dias.
Óleos vegetais (jojoba, rícino) para umectação noturna.
Leave‑in com proteção UV para o dia a dia.
3️⃣ O grande dia do corte
No meu “big chop”, pedi ao cabeleireiro um corte que valorizasse meu rosto e permitisse visualizar logo minha textura natural. Quando vi meus fios soltinhos, senti uma mistura de alívio e empoderamento — foi o símbolo de um recomeço.
4️⃣ Estabeleça uma rotina de cuidados
Lavar em dias alternados (low poo) para não remover toda a oleosidade natural.
Hidratar semanalmente com máscaras concentradas.
Reconstruir quinzenalmente com queratina líquida ou peptídeos.
Selar pontas com óleo de coco ou squalane.
5️⃣ Estilize com carinho
Eu aprendi que a fitagem é perfeita para definir cachos: separo mechas, aplico creme de pentear e amasso. Para ondas, borrifo um spray texturizador e deixo secar ao natural. E, nos dias de pressa, o coque bagunçado salva qualquer look!
Lidando com os momentos de insegurança
Confesso que, nos primeiros dias, me olhei no espelho e senti falta da cor uniforme que eu costumava ter. Mas criei um ritual de afirmação: toda vez que aplicava minha máscara, dizia em voz alta “meu cabelo é lindo do jeito que é”. Com o tempo, aquela raiz marcada se transformou em orgulho.
Estilos e acessórios que valorizaram meu natural
Bandanas em tons vibrantes para segurar a franja e proteger do sol.
Presilhas peroladas para dar um toque sofisticado ao penteado.
Phares de pétalas: flor no coque ficou minha marca registrada no verão.
Como Fazer a Transição para Seu Cabelo Natural
Neste verão, cuidar do cabelo natural é ainda mais importante: o sol, a piscina e o mar podem ressecar os fios. Se você está pensando em Como Fazer a Transição para Seu Cabelo Natural, lembre-se de:
Hidratar profundamente antes de qualquer exposição.
Usar leave‑in ou protetor capilar com filtro UV.
Prender de forma leve (lenços e bandanas são perfeitos).
E aí, amiga, pronta para dar esse passo transformador? Compartilhe nos comentários qual é o seu maior medo ou desejo ao deixar seu cabelo natural — vamos trocar experiências e apoiar umas às outras nessa jornada de autenticidade e amor‑próprio! 💬✨
AdaDeAzevedo